HISTÓRIA DO VIDRO DE EMBALAGEM

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Apesar de não existirem certezas relativamente à origem do vidro, os indícios apontam para o Médio Oriente – Egipto e a Mesopotâmia – como o local mais provável para a sua origem, entre os anos 3000 A.C e 2000 A.C.
 

As primeiras peças de vidro não eram transparentes, e o vidro era visto principalmente como uma matéria que podia imitar outras, como o barro e as pedras preciosas. A sua utilização, neste período, tinha três propósitos: vidrar cerâmica, fazer objetos de joalharia e fazer pequenos frascos projetados para armazenar substâncias líquidas, com a primeira embalagem de vidro a ser criada em 1500 A.C. na Mesopotâmia.

Mais tarde, as técnicas de produção de vidro estenderam-se até à Ásia, onde se tornaram conhecidas pela população chinesa. A técnica do vidro soprado, que surgiu um século antes do nascimento de Cristo, exigiu temperaturas muito mais elevadas para manter o vidro no estado líquido. A mesma abriu caminho a novas possibilidades e acabou por impulsionar o desenvolvimento de fornalhas na indústria do vidro. Com o desenvolvimento do vidro soprado tornou-se possível produzir objetos de vidro em grandes quantidades e com um custo menor.

Já no Ocidente e no Oriente, a utilização do vidro seguiu rumos diferentes. A civilização romana teve um papel crucial na evolução da indústria do vidro, contribuindo não apenas com a metodologia, como também com uma perspetiva inovadora sobre o vidro como uma matéria-prima de grande relevância, em vez de um simples substituto de outros materiais.

A importância da transparência do vidro coincide com o apogeu da civilização romana, e o vidro enquanto material versátil, limpo e esteticamente atraente, transformou-se num símbolo de riqueza, acabando por reduzir a importância do seu concorrente mais direto, a cerâmica. Os romanos começaram também nesta altura a fabricar as primeiras embalagens de vidro para comercializar vinho. Uma vez que os romanos já utilizavam técnicas de corte, gravação, vidragem, decoração e design, foram reconhecidos como a civilização que mais desenvolveu o vidro em termos de variedade e de qualidade.

Contudo, embora os romanos tenham adquirido a capacidade de fabricar boas janelas de vidro, a sua produção na Itália era lenta. Tal devia-se ao clima quente do Mediterrâneo e à utilização de materiais alternativos, como mica e alabastro, que eram opções mais económicas. Por outro lado, os grandes painéis de vidro, apresentavam, por vezes, algumas imperfeições e uma aparência um pouco áspera, o que não os tornava tão esteticamente apelativos.

Ainda que os romanos já utilizassem o vidro na ampliação de objetos, não foram os responsáveis pela invenção das lentes, prismas ou óculos. Após a queda do Império romano a indústria de produção de janelas floresceu no Norte da Europa.

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