Como são feitas as embalagens de Vidro?

Hoje em dia todas as fábricas portuguesas utilizam as melhores técnicas para o fabrico do vidro de embalagem.

Composição

O vidro de embalagem é feito com matérias-primas naturais, tais como a areia, o calcário e a soda, assim como com as embalagens recolhidas nas redes de ecopontos e as rejeições do processo produtivo. Este vidro, que vai ser reciclado no forno de fusão, designa-se por casco de vidro. Estas matérias estão armazenadas, em silos, e são introduzidas directamente no forno de fusão. Tal como numa receita, as quantidades a utilizar de cada um destes componentes naturais, serão diferentes, conforme a embalagem que se pretende fabricar. Nesta mistura, também se podem introduzir outros ingredientes, para garantir a cor do vidro da embalagem pretendida.

Ao fazer entrar casco de vidro no processo produtivo, reduz-se a quantidade de matérias-primas naturais utilizadas, baixa-se a temperatura do ponto de fusão e controlam-se mais facilmente as emissões resultantes da fusão.

Fusão e Moldação

No forno, a temperatura de fusão atinge os 1600 graus centígrados. As matérias-primas fundem progressivamente e esta massa fundida flui e sai do forno através de canais aquecidos, que por sua vez alimentam as máquinas de moldação.

São estas máquinas, que ajudam ao fabrico da embalagem de vidro, distribuindo a massa fundida, através do dispositivo de corte gota a gota.

Cada embalagem tem de ter um molde e o respectivo contramolde. É através da introdução da gota de vidro incandescente, neste conjunto de molde e contramolde, com a ajuda do sopro de ar comprimido que vamos obter a embalagem de vidro pretendida.

Recozimento e Controle de Qualidade

O processo produtivo está quase concluído, mas ainda faltam duas fases importantes, ou seja a do arrefecimento (tecnicamente designado como recozimento) e da inspecção e verificação dos parâmetros de fabrico da embalagem.

O controle de qualidade das embalagens produzidas é uma fase essencial do processo produtivo. Através da inspecção, tanto manual como automática, são rejeitadas as embalagens que não cumprem os parâmetros pré-definidos. Todo o material rejeitado irá entrar, de novo, no forno sob a forma de casco de vidro, iniciando-se um novo ciclo produtivo.

Paletização – Acondicionamento – Transporte

Aproximamo-nos do final do processo produtivo. Agora é preciso agrupar as embalagens, acondicioná-las e enviá-las para o armazém. Tudo isto é feito de forma automática, com a participação de robots, que as colocam sobre paletes, até ao momento em que, também de forma automática, serão devidamente acondicionadas, ou seja, revestidas por filme plástico e retratilizadas.

Desta forma estão prontas para ir para o armazém de expedição, seguindo posteriormente para o cliente, à medida das suas necessidades.

Ao eleger, no momento da compra, a embalagem de vidro para o vinho, a cerveja, o azeite, o sumo ou refrigerante, o iogurte, o mel e o alimento para o bebé, entre tantos outros exemplos, sabe que valeu a pena não ler apenas o rótulo do produto.

E, novamente, através de um único gesto seu, a embalagem de vidro que acabou de adquirir, logo que utilizado o produto nela contido, vai poder entrar num circuito de recuperação que termina, num novo ciclo produtivo de uma nova embalagem de vidro.

É um circuito fechado, num ciclo de vida em que, com a sua ajuda iremos conseguir recuperar a totalidade das embalagens colocadas no mercado e cada embalagem usada, depositada num ecoponto ou vidrão, vai dar vida a uma nova embalagem, num processo de reciclagem infinito, sem perda de quaisquer qualidades.